terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Trabalho com aproveitamento de resíduo é incluído no Banco de Boas Práticas Ambientais

Todo o resíduo gerado pela empresa Cecrisa tornou-se matéria-prima para fabricação de um novo produto, denominado “Porcelanato Bio Tech

Porcelanato Bio Tech é produzido com resíduos | Divulgação/Cecrisa

A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) reconheceram a segunda iniciativa voltada para a ecoeficiência dos processos produtivos. O trabalho da empresa Cecrisa Revestimentos Cerâmicos S/A com aproveitamento do resíduo “torta” gerado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) foi inserido no programa “Banco de Boas Práticas Ambientais na Indústria”.

O empreendimento está localizado no município de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte e produz pisos do tipo porcelanato e revestimentos cerâmicos. Para melhorar o processo de tratamento dos efluentes líquidos gerados no preparo das massas, a empresa implantou em maio de 2012 a ETE do setor que gera mensalmente 280 toneladas do resíduo “torta”. Com o intuito de evitar passivos ambientais, a empresa estudou a viabilidade de aproveitamento desse material. Após inúmeros testes, todo o resíduo gerado tornou-se matéria-prima para fabricação de um novo produto, denominado “Porcelanato Bio Tech”.

Segundo o Gerente de Produção Sustentável da Feam, Antônio Malard, o trabalho foi reconhecido especialmente pelo aproveitamento de resíduos. “O aproveitamento da torta gerada na ETE da empresa evita a geração de um passivo ambiental e minimiza o consumo de matérias-primas, inclusive recursos naturais não renováveis”, afirma. Malard explica que a adoção da prática trouxe ainda, além do benefício ambiental, uma grande economia financeira ao empreendimento em um curto espaço de tempo e, por isso, foi reconhecida como ecoeficiente.

O Banco de Boas Práticas Ambientais na Indústria foi criado pela Feam e pela Fiemg para incentivar as iniciativas voltadas para a ecoeficência dos processos, e que induza a produção de bens e serviços com uso menos intensivo de recursos naturais. Exemplos de boas práticas ambientais são aquelas relacionadas a ações que resultem na redução do consumo de água, energia, matérias primas e insumos, e também na eliminação ou redução de efluentes e resíduos.

Os casos práticos, muitas vezes, demonstram que, além de minimizar a exposição das atividades econômicas a passivos ambientais, ações e projetos voltados à gestão ambiental permitem aprimorar a produtividade e podem gerar benefícios econômicos reais. Para conhecer o programa e o relatório da Cecrisa sobre Reaproveitamento de Resíduo Torta de ETE, acesse o link http://www.feam.br/producao-sustentavel/boas-praticas.

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