sábado, 28 de agosto de 2010

Doenças respiratórias

O inverno é um período caracterizado pelos baixos índices da temperatura e umidade relativa do ar. Devido a fenômenos climáticos, o mês de agosto tem apresentado um clima ainda mais seco. Nesta semana, em Belo Horizonte, a umidade relativa do ar ficou muitas vezes abaixo de 20%, condições similares às dos desertos.  Como conseqüência, ocorre o aumento das doenças respiratórias.

 

"O baixo índice de água suspensa no ar irrita as vias aéreas respiratórias. Além disso, quem tem asma, renite, enfisema, entre outras doenças está mais pré-disposto a sofrer os efeitos do ar seco", explica o pneumologista e coordenador de Pneumologia Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Edílson Correa de Moura. Ele recomenda hidratação constante, ingerindo pelo menos 3,5 litros de líquidos, sobretudo água e sucos; pendurar toalhas molhadas nos ambientes das casas ou colocar bacias de águas no chão. "O mais indicado é um umidificador, mas nem todas as pessoas têm como dispor de um aparelho como este", comenta. Outros cuidados essenciais são a alimentação balanceada e equilibrada, com frutas e verduras e a prática de exercícios físicos, além de evitar o tabagismo. "Tomando esses cuidados aumentam as possibilidades de se passar por esse período de forma mais saudável", completa.

 

O médico observa, ainda, que o conceito de saúde deve ser visto de forma ampla, ou seja, não basta o cuidado com a doença, é preciso atuar nas causas. "Estamos vivendo uma situação ambiental que cada vez mais traz desafios para a saúde pública", aponta, lembrando a importância de uma discussão interdisciplinar. 

 

Gripes

 

As gripes e os resfriados são as principais doenças que ocorrem durante o inverno. Aparentemente simples, merecem total atenção, pois funcionam como uma porta de entrada para outros problemas de saúde, como pneumonia, asma, rinite, sinusite, entre outros. O enfraquecimento do sistema imunológico faz com que as pessoas fiquem mais propensas a outras infecções secundárias, principalmente as bacterianas, como a pneumonia.

 

"É um período em que, devido ao clima frio, a população tende a ficar mais tempo em lugares fechados, com pouca circulação de ar, facilitando com isso a transmissão de doenças. Os ambientes mal arejados aumentam a sobrevida de microorganismos, favorecendo o aparecimento das infecções por vias aéreas superiores, como nariz, boca e laringe", explica o coordenador de Pneumologia Sanitária da SES.

 

O sistema público de saúde imunizou as populações de maior risco contra o vírus da Influenza H1N1, bem como a população acima de 60 anos foi imunizada contra o vírus da Influenza Sazonal. De acordo com o especialista, "a vacinação é uma medida preventiva muito importante e eficaz. As pessoas que ainda não foram vacinadas, que façam parte dos grupos prioritários, devem procurar os postos de saúde", alerta.

 

Outros cuidados

 

Além das recomendações já mencionadas, o médico lembra que deve se evitar locais com grande concentração de pessoas, mofo ou muita umidade e aqueles onde há fumaça de cigarro e poeira. "A lavagem do nariz com soro fisiológico morno, várias vezes ao dia, quando há comprometimento importante do nariz, também é procedimento essencial nestas circunstâncias", frisa.

 

Febre alta, tosse, coriza e dores no corpo são as principais indicações de que algo está errado. Se os sintomas não se tornarem mais brandos a partir do quarto dia de infecção ou vierem acompanhados de outros sintomas, como manchas avermelhadas, deve-se procurar atenção médica. O cuidado com as crianças deve ser redobrado neste período.


Agência Minas
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