quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Plano de Enfrentamento da Influenza A chega às aldeias

BELO HORIZONTE (10/09/09) - A Coordenação de Saúde Indígena da Secretaria de Estado de Saúde (SES) em parceria com o Comitê de Enfrentamento da Influenza A elaborou um Plano Estadual para o Enfrentamento da Influenza A (H1N1) nas comunidades indígenas do Estado. O plano será apresentado em uma videoconferência realizada na próxima segunda-feira (14), às 13h30, para as sete Gerências Regionais de Saúde (GRS) que possuem população indígena. O objetivo será capacitar profissionais de saúde, lideranças e agentes de saúde indígenas sobre os procedimentos para a prevenção da doença nas aldeias.

Devido às particularidades sócio-ambientais, culturais e fisiológicas a população indígena receberá uma atenção especial. Minas Gerais possui, atualmente, cerca de 12.500 indígenas distribuídos em 12 municípios do Estado: São João das Missões, Coronel Murta, Araçuaí, Resplendor, Carmésia, Bertópolis, Distrito de Topázio, Ladainha, Santa Helena de Minas, Martinho Campos, Itapecerica e Caldas.

A coordenadora Estadual de Saúde Indígena, Simone Abreu, destacou a preocupação da Secretaria com as comunidades. “O indígena é um cidadão e tem o direito a toda e qualquer política social e de saúde. Há um comprometimento constante por parte do Governo de Minas na gestão da qualidade de vida do indígena”, disse, acrescentando que para a elaboração do plano foi levado em consideração um informe técnico do Ministério da Saúde sobre Influenza A e uma comunicação expedida pela Funai às Administrações Executivas Regionais, que orienta as comunidades indígenas a evitarem o fluxo de entrada e saída nas aldeias e a permanência dos indígenas nas cidades.

Uma das recomendações que serão repassadas na capacitação refere-se aos casos de síndrome gripal (SG) e a síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em indígenas. Estes deverão ser acompanhados, registrados e informados semanalmente ao Departamento de Saúde Indígena (DESAI) através do link “comunique aqui”, disponível no site da Funasa.

Também será orientado que todos os casos de SRAG, surtos, tratamentos com o antiviral oseltamivir (Tamiflu) e os exames para diagnóstico específico de Influenza sejam informados nas fichas de notificação, conforme o Protocolo Estadual de Enfrentamento da Influenza A H1N1. Caso o paciente esteja com síndrome gripal deverá ser avaliado pela equipe multidisciplinar de saúde indígena (EMSI) ou pela equipe de Estratégia de Saúde da Família responsável.

Outra indicação é que os indígenas que retornarem às aldeias com procedência de outras localidades fiquem em monitoramento por sete dias e ao apresentarem os sintomas sejam encaminhados imediatamente para um serviço de assistência médica. Caso não possam ser transferidos para avaliação, deverá ser realizado o isolamento do paciente até a transferência. A higienização frequente das mãos e a utilização de máscaras cirúrgicas também foi recomendada, além da restrição da saída de indígenas gestantes e crianças menores de dois anos das aldeias.

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