A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) foi a que, em abril, registrou a menor taxa de desemprego, dentre as seis onde mensalmente é feita a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). Enquanto a taxa média das regiões pesquisadas ficou em 15,3%, a RMBH registrou 10,8%. Esse índice é 0,6 ponto percentual abaixo do registrado em março, quando a taxa ficou em 10,2%.
A Pesquisa – realizada em parceria com a Fundação João Pinheiro (FJP), Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e Fundação Seade – registrou o aumento de 21 mil desempregados na RMBH, tendo em vista a inclusão de 50 mil pessoas População Economicamente Ativa (PEA), para uma geração de 29 mil postos de trabalho. Com isso, o número de desempregados passou de 266 mil em março para os atuais 287 mil. Os ocupados, que eram 2,339 milhões em março, passaram para 2,368 milhões em abril. A População Economicamente Ativa (PEA) foi estimada em 2,655 milhões.
"O número de desempregados passou de 266 mil em março para 287 mil em abril. Mesmo com a geração de 29 mil postos de trabalho, 50 mil pessoas entraram no mercado de trabalho procurando emprego, fazendo com que o contingente de desempregados subisse para 21 mil. No comércio e na indústria houve um crescimento maior devido às datas comemorativas, como páscoa e dia das mães", explicou o pesquisador da Fundação João Pinheiro (FJP) e coordenador da Pesquisa de Emprego e Desemprego na RMBH (PED), Plínio de Campos Souza.
Procura por trabalho
Comparando abril de 2009 com abril de 2008, a pesquisa aponta que no setor privado houve geração de 45 mil empregos com carteira assinada e perda de 9 mil entre os assalariados sem registro em carteira. No setor público foram criados 30 mil postos de trabalho. O emprego doméstico teve aumento de nove mil vagas e entre os autônomos houve redução de quatro mil ocupações. Já o agregado "demais formas de inserção" apresentou aumento de 5,7%. O tempo de procura por trabalho diminuiu de 44 para 41 semanas entre abril de 2008 e 2009.
Os rendimentos médios estimados para março de 2009 foram de R$ 1.163, com diminuição de 2,5% em relação ao mês anterior, que foi de R$ 1.192. O salário real médio ficou 2,0% menor, passando de R$ 1.202 para R$ 1.178. O rendimento médio real dos autônomos teve retração de 7,6%. Os salários médios também diminuíram na indústria (1,4%), nos serviços (2,4%) e no comércio (1,7%).
Comparando fevereiro de 2009 com fevereiro de 2008, o rendimento real médio dos ocupados cresceu 8%, passando de R$ 1.076 para R$ 1.163. O salário real médio aumentou 5,6%, de R$ 1.116 para R$ 1.178. No setor privado, o salário médio aumentou em 3,2%, sendo que na indústria houve elevação de 7,5% e no setor de serviços de 3,8%. No comércio a queda foi de 7,5%. Entre os assalariados com carteira assinada, o acréscimo foi de 1,9% e, para os sem registro em carteira, de 16,3%. Entre os autônomos o rendimento médio elevou-se em 6,2%.
Segundo Plínio Campos, nos últimos 12 meses, a massa de rendimentos dos ocupados expandiu-se em 9,4%, refletindo, sobretudo, o aumento no rendimento real médio. A massa de rendimentos dos assalariados cresceu 8,6%, resultado da elevação no nível de emprego, e principalmente, do salário real médio.
Sine
Dados de intermediação de mão-de-obra por meio dos postos do Sine mostram que, no primeiro quadrimestre deste ano, 30.786 trabalhadores se inseriram no mercado de trabalho. No mesmo período de 2008, foram 30.204, o que representa o crescimento de 1,92%. Outro sinal positivo foi o incremento no número de vagas captadas até o mês de abril: 50.816, contra 49.808. Um acréscimo de 2,02%.
Agência Minas
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