segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Saúde autoriza UPA em Muriaé (MG)

Município mineiro vai receber R$ 2 milhões para construir Unidades de Pronto Atendimento. Cerca de 200 mil pessoas serão beneficiadas

O Ministério da Saúde liberou recursos para a construção de mais uma Unidades de Pronto Atendimento (UPA) em Minas Gerais. Ela vai funcionar na cidade de Muriaé, segundo portaria publicada no Diário Oficial da União. O município receberá do governo federal R$ 2 milhões para obras e compra de equipamentos e, após a inauguração, mais R$ 175 mil serão destinados ao custeio mensal das atividades. O novo serviço vai oferecer assistência de urgência e emergência 24h por dia e ajudar a desafogar os prontos-socorros dos hospitais locais, reduzindo filas.

A unidade de Muriaé vai responder demandas de uma região com até 200 mil pessoas. As UPAs são divididas em três portes, conforme a capacidade de atendimento. O novo serviço é do tipo II, com até 12 leitos e estrutura para atender 300 pacientes por dia.

O Ministério da Saúde liberou recursos, em 2009, para a construção de 21 UPAs em Minas Gerais, totalizando 22 até o momento. Em todo o país, 290 Unidades de Pronto Atendimento receberam recursos para a construção. O governo federal liberou cerca de R$ 600 milhões para obras e compra de equipamentos. A previsão é chegar a 500 unidades até 2010. O andamento das obras é de responsabilidade dos municípios.

ATENDIMENTO - As Unidades de Pronto Atendimento oferecem serviço de Raio X, laboratório para exames, aparelho de eletrocardiograma e atendimento pediátrico. Nelas, a população poderá resolver problemas como pressão alta, febre, cortes, queimaduras, alguns traumas e receber o primeiro atendimento para infarto ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), entre outras enfermidades. Quando o paciente chega à unidade, os médicos prestam socorro, controlam o problema e detalham o diagnóstico. Eles analisam se é necessário encaminhar o paciente a um hospital ou mantê-lo em observação por até 24h.

O projeto UPA 24h é uma iniciativa do Ministério da Saúde para reorganizar o fluxo de atendimento na rede pública, com o objetivo de melhorar a assistência oferecida à população. As unidades estão integradas à rede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), à rede básica de saúde e à Estratégia Saúde da Família. Criada em 2002, a proposta integra a Política Nacional de Atenção às Urgências e Emergências e baseou-se em experiências de sucesso em cidades como Campinas (SP), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ).

REDUÇÃO DE FILAS - A experiência do estado do Rio de Janeiro, que possui 23 UPAs em funcionamento, demonstra a eficiência desses serviços no atendimento de urgência e emergência, resolvendo grande parte dos problemas sem necessidade de encaminhar o paciente para o hospital. De maio de 2007, quando foi inaugurada a primeira unidade da rede (no bairro Maré da cidade), até 22 de dezembro de 2009, 3.699.290 pacientes foram atendidos em 22 unidades. Entre eles, apenas 21.632 (0,58%) precisaram ser removidos para hospitais. Isso significa que 99,42% dos casos foram solucionados nas próprias UPAs.

As cidades interessadas em construir unidades devem ter o serviço de SAMU 192 habilitado ou estar em processo de aprovação do projeto. Entre os requisitos está o compromisso de atingir, no mínimo, 50% de cobertura da Estratégia Saúde da Família na abrangência de cada UPA, no prazo máximo de dois anos.  

UPAs com recursos liberados pelo Ministério da Saúde em 2009
UF
Número de UPAs autorizadas
Acre
2
Amazonas
2
Alagoas
5
Bahia
16
Ceará
11
Distrito Federal
8
Espírito Santo
3
Goiás
10
Maranhão
8
Mato Grosso do Sul
3
Mato Grosso
3
Minas Gerais
21
Paraíba
4
Pará
11
Paraná
15
Pernambuco
6
Piauí
5
Rio de Janeiro
23
Rio Grande do Norte
5
Rondônia
2
Roraima
2
Rio Grande do Sul
16
Santa Catarina
7
Sergipe
3
São Paulo
71
Tocantins
3
Total
265

 
 
O QUE SÃO UPAS?
As UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) integram a Política Nacional de Atenção às Urgências do Ministério da Saúde e oferecem atendimento de emergência de baixa e média complexidade 24 horas por dia. Elas são responsáveis por estabilizar o quadro clínico dos pacientes, detalhar o diagnóstico e analisar a necessidade de encaminhá-los ou não a um hospital. Os pacientes podem ser liberados, permanecer em observação por até 24h ou podem ser transferidos para um hospital, no caso de o quadro ser grave ou mais complexo.
 
CLASSIFICAÇÃO
De acordo com a Portaria 1.020 publicada no dia 13 de maio de 2009 no Diário Oficial da União (DOU), as UPAs são classificadas em três diferentes portes, de acordo com o número de habitantes de cada região (veja quadro). Em regiões com menos de 50 mil habitantes, em vez da UPA, o governo oferece salas de estabilização com a presença de um médico para o atendimento das urgências mais observadas em cada localidade.
 

Serviço/unidade
População da região de cobertura
Atendimentos médicos em 24 horas 
Mínimo de médicos por plantão
Mínimo de leitos de observação
UPA Porte I
50.000 a 100.000 habitantes
50 a 150 pacientes
2 médicos, sendo um pediatra e um clínico geral
5 – 8 leitos
UPA Porte II
100.001 a 200.000 habitantes
151 a 300 pacientes
4 médicos, distribuídos entre pediatras e clínicos gerais
9 – 12 leitos
UPA Porte III
200.001 a 300.000 habitantes
301 a 450 pacientes
6 médicos, distribuídos entre pediatras e clínicos gerais
13 – 20 leitos
Salas de Estabilização
Menor que 50 mil habitantes
Demanda
1 médico generalista habilitado em urgências
Nenhum ou menos que 5 leitos

 
Agência Saúde

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