domingo, 14 de agosto de 2016

Valor do Leite pela Vida ao produtor pode chegar a R$ 1,24

Já tem resultados a busca do Governo de Minas Gerais por uma resposta para os pequenos produtores de leite - que estão deixando de fornecer para o programa Leite pela Vida, devido ao baixo preço pago pelo governo federal. 

Além do aumento do valor contratado, que vai passar de R$ 0,97 para R$ 1,13 o litro, Governo do Estado pretende garantir reajuste de mais 10% | Omar Freire/ Imprensa MG

Em resposta à demanda apresentada pelo Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene) no dia 22 de julho, o Comitê Gestor Nacional do programa autorizou, nessa quinta-feira (11/8), o aumento do valor pago ao produtor, passando de R$ 0,97 para R$ 1,13, o litro. Com o aporte já autorizado pelo governador Fernando Pimentel, que pode ser de até 10%, conforme determina o convênio, o preço poderá chegar a R$ 1,24. 

O valor pago aos laticínios e cooperativas que fazem a captação e o beneficiamento do leite também vai aumentar de R$ 0,70 para R$ 0,84. Os novos preços começarão a valer a partir da publicação no Diário Oficial da União. Os reajustes foram baseados em cotações feitas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em todo o país. 

O diretor-geral do Idene, Ricardo Campos, acredita que a partir deste aumento será possível equiparar o preço pago pelo programa ao praticado atualmente no mercado. “Sabemos que existe a dificuldade de captação do leite devido ao agravamento da seca, mas é importante salientar que quando o laticínio ou cooperativa assina o contrato com o Idene, ele está ciente de que, independentemente do período de entressafra, a distribuição do leite nos pontos não pode ficar comprometida em função de preços mais atrativos fora do programa”, disse. 

Ricardo Campos também ressaltou que, mesmo no período de safra, quando o preço do mercado comum cai, o programa mantém o valor pago aos laticínios e cooperativas, o que seria uma vantagem para o produtor que participa do programa. Atualmente, o Leite pela Vida possui 3.542 produtores familiares cadastrados. 

O diretor do Idene acredita que, para atingir a meta de atender 130 mil pessoas por dia – número de beneficiários cadastrados em 193 municípios do Estado – é preciso fortalecer a base do programa. “Quando compra o leite do pequeno produtor (obrigatoriamente pronafiano) para distribuir a famílias em situação de vulnerabilidade social, o governo está também gerando renda no campo. Esse é um dos grandes benefícios que o Leite pela Vida proporciona”, destacou. 

Aumento da cota de leite

Outra demanda também já apresentada pelo Sistema Sedinor/Idene ao Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) é o aumento da cota de leite de cada pronafiano, que atualmente é de 8 mil litros/ano. A proposta é ampliar essa cota para 16 mil litros/anos. O assunto foi tema de reunião realizada nesta quinta-feira entre o diretor-geral Ricardo Campos, o diretor nacional do PAA-Leite, José Pedro, e técnicos do programa, em Brasília/DF. 

Para Ricardo Campos, aumentar a cota dos pronafianos é uma forma de garantir um maior envolvimento e permanência dos produtores no programa. O diretor Nacional José Pedro informou que a minuta do decreto para a autorização da ampliação da cota será enviada à Casa Civil. Ele também garantiu a prorrogação do convênio até 2018.

Agência Minas

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