sábado, 23 de fevereiro de 2013

Partos de emergência tornam-se comuns, mas ainda emocionam bombeiros

Equipe de Patrocínio visita mãe e
bebê no hospital/CBMMG

Eles apagam incêndios, resgatam pessoas e animais, prestam o primeiro atendimento em casos de acidentes, mas também realizam outra missão: ajudam a trazer ao mundo uma nova vida. Os partos de emergência são cada vez mais comuns na rotina do Corpo de Bombeiros, mas, apesar disso, ainda emocionam os militares.

Em 2011, a corporação atendeu a mais de 3 mil chamados relacionados à gestantes. Muitos deles, resultaram em nascimentos nas dependências das unidades ou dentro da própria Unidade de Resgate.

No início do ano, em Patrocínio, no Alto Paranaíba, uma equipe do 2º Pelotão de Bombeiros recebeu a informação de que uma mulher, na zona rural, estaria em avançado trabalho de parto. Uma Unidade de Resgate interceptou o veículo em que ela estava e conduziu a gestante ao hospital. No caminho, ela  começou a sentir fortes contrações e o parto foi feito por um Sargento e dois Soldados que ajudaram a vir ao mundo uma menina. Após o nascimento e os primeiros cuidados, mãe e filha foram levadas para a Santa Casa de Misericórdia.

No Norte de Minas, na cidade de Montes Claros, o Cabo Robson Pereira, bombeiro há mais de 20 anos e acostumado a lidar com vários tipos de ocorrência, descreve a sensação de ajudar em um nascimento. “ Já havia transportado gestantes, mas foi a primeira vez em que concluí um parto. É uma emoção muito grande”, diz. Devido às dificuldades, o bebê, um garotinho, nasceu sem os sinais vitais e foi preciso reanimá-lo o que tornou a ocorrência ainda mais marcante para ele.

Dose dupla
Soldado Rafael, momentos após o nascimento
 das gêmeas
/CBMMG
Essa mesma emoção foi vivida em dose dupla por uma equipe do 3º Batalhão de Bombeiros, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. 

Na madrugada do dia 15 de março de 2011, os bombeiros fizeram o parto de gêmeas, na garagem da Unidade. 

A mãe seguia, em um carro, pela movimentada avenida Antônio Carlos, quando iniciou o trabalho de parto. Ao perceber que não conseguiria chegar à tempo à maternidade, a primeira reação do marido foi entrar no Batalhão. 

Com a ajuda dos militares que estavam de plantão, as gêmeas Aline e Alice nasceram com 1,9 quilos e 2,3 quilos respectivamente. 

No dia em que completaram um ano, as irmãs receberam a visita do soldado Rafael que, pela primeira vez, havia auxiliado em um parto. Para ele,  a emoção é única. “Foi minha primeira ocorrência desse tipo, mas tentei me manter calmo e deu tudo certo”, conta.

Apesar de estar se tornando uma situação comum para os bombeiros, a emoção permanece em cada chamada atendida, de  acordo com a Sargento Cibele Vasconcelos, mãe de um menino de nove anos e uma menina de quatro. Entre os vários nascimentos dos quais participou, ela lembra uma ocorrência no bairro Alípio de Melo, região Noroeste, quando ajudou uma mãe dar à luz. Após dois anos, ela foi reconhecida dentro de um ônibus pela mulher. Em outra ocasião, ela ajudou moradoras de rua. “Ajudar a fazer um parto é uma ocorrência diferenciada, pois geralmente lidamos com tragédias. Ouvir o chorinho de um bebê após o seu nascimento, é muito bom, é gratificante".

via Comunicação | Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais

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