sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pesquisadores ressaltam em simpósio benefícios do azeite

ITAJUBÁ (07/05/10) - Os benefícios do azeite para a saúde humana foram ressaltados nessa quinta-feira (6), segundo dia do Simpósio Mineiro de Olivicultura, realizado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em Itajubá, Sul de Minas.

Autor do livro Oliveira: a árvore da vida, o produtor e pesquisador Cosmo Pacetta apresentou estudo realizado sobre as folhas da oliveira na modulação da saúde. "Com seu óleo se dá a luz, com seu fruto se dá o alimento e com suas filhas se dá a cura", destacou o pesquisador, que frequentemente se reporta à oliveira com "o antibiótico da mãe natureza".

"Estamos redescobrindo esta árvore", disse ele, acrescentando que, apesar da planta ainda não ser reconhecida como fitoterápica, a oliveira é utilizada em todo o mundo como complemento em vários tipos de tratamento. Segundo Pacetta, os estudos já realizados revelam que os princípios ativos da folha da oliveira atuam como potente bactericida e antivirótico.

O tema também foi abordado pelo pesquisador da Epamig, Elifas Nunes Alcântara, que desenvolve projeto de pesquisa sobre plantas medicinais. O pesquisador apresentou resultados de pesquisas já realizadas que comprovam o efeito do azeite no tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares e câncer, além de beneficiar o funcionamento do sistema digestivo, controle da pressão arterial e do colesterol e auxílio na absorção de cálcio, podendo ser usado no combate à osteoporose. "O azeite também contém antioxidantes, que retardam o envelhecimento", afirmou. De acordo com Elifas, o óleo da azeitona ainda é benéfico ao desenvolvimento fetal e ao sistema imunológico, dentre outros.

Legislação

A legislação sobre o azeite de oliva junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) também foi abordada durante o Simpósio, pelo representante do Ministério, Rafael Bastos.

No Brasil, o azeite de oliva é classificado em três tipos: virgem, refinado e de extração refinado, de acordo com a Resolução nº 22/77 da Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos (CNNPA) do Ministério da Saúde. Segundo Rafael, a normatização e fiscalização intensas são necessárias para evitar as recorrentes adulterações, que incluem adição de outros óleos vegetais ou animais, óleos vegetais parcialmente hidrogenados e outros.

"A complexidade que envolve a composição dos diferentes tipos de azeite de oliva, bem como as consequências dos processos de refinação, hidrogenação e reesterificação, tornam a detecção da adulteração, muitas vezes, um problema de difícil solução", destacou. O uso das folhas da oliveira para fins medicinais está em tramitação junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).


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