terça-feira, 29 de junho de 2010

Minas capacita profissionais de saúde para o controle da tuberculose


 

Nesta semana, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou uma oficina de capacitação em planejamento, monitoramento e avaliação para o controle da tuberculose. Participaram do evento, membros da sociedade civil de Contagem e Belo Horizonte, juntamente com as referências técnicas de cada município.

 

De acordo com o coordenador de Pneumologia Sanitária da SES, Edilson Correa, a capacitação é um aspecto imprescindível para o controle da doença. "Já foram qualificados cerca de sete mil profissionais. Número que faz de Minas Gerais o estado com maior quantidade de profissionais habilitados do Brasil," destaca o coordenador.

 

tuberculose, doença causada pelo micróbio Bacilo de Koch, se constituiu em um grave problema de saúde pública e é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 1993, uma emergência mundial. Três fatores contribuíram para essa situação: o surgimento do vírus HIV, o aparecimento da multidrogarresistência, isto é, uma forma grave, resistente à maioria dos tratamentos disponíveis e com um alto percentual de óbito, e a retirada da priorização do controle da tuberculose pela sociedade instituída.

 

Há quase dois anos, foi criada a Rede de Monitoramento e Avaliação Tuberculose Brasil (Rede de M&A TB Brasil) para promover as relações de trabalho e a melhoria do monitoramento e avaliação dos indicadores da tuberculose no país. A rede também desenvolve ações, por meio da troca de informações e experiências entre profissionais, instituições governamentais e sociedade civil, visando ao controle da tuberculose.

 

"A discussão sobre a utilização e aplicação das ferramentas de planejamento são essenciais para uma gestão efetiva. O monitoramento e a avaliação de indicadores permitem identificar novos desafios e definir a melhor forma de enfrentá-los, adequando estratégias, projetos e ações", conclui o técnico do Ministério da Saúde e membro do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT/MS), Douglas Estevão de Miranda.

 

Melhoria no tratamento

 

Desde abril, um novo tratamento está disponível em todo o Estado. A medicamentação é mais eficaz no controle da tuberculose, por diminuir a possibilidade de resistência bacteriana. A principal mudança foi a introdução de um quarto fármaco, o etambutol, substância que evita a resistência dos pacientes à Rifampicina e à Isoniazida, antibióticos presentes no tratamento.

 

Outro aspecto positivo é que o paciente passou a tomar quatro comprimidos. Até então, eram ingeridos seis. Com isso, há uma redução dos efeitos colaterais e redução do abandono do tratamento.

 

Situação no Estado

 

Minas Gerais tem a quarta maior carga de tuberculose do País, registrando cerca de seis mil casos nos últimos seis anos. Apesar disso, o Estado apresenta o quarto menor risco de adoecimento por tuberculose. "Parece um paradoxo, mas na verdade apenas indica que as políticas voltadas para o controle da doença estão surtindo efeitos positivos", afirma Edílson Correa.

 

Segundo ele, para diminuir o registro de novos casos, a grande cobertura do Programa de Saúde da Família tem sido uma importante aliada. O objetivo, cada vez mais, é detectar os casos da doença ainda na atenção primária, antes que o cidadão seja atendido nos hospitais em um estágio já avançado da doença, debilitado e com a saúde comprometida.

 

Além da detecção da doença em seu início, a estratégia mineira de combate à tuberculose tem outra atividade importante: o tratamento supervisionado. Essa proposta de intervenção contínua aumenta a probabilidade de cura dos doentes em função da garantia do tratamento assistido, contribuindo para a interrupção da transmissão da doença.

 

Essa estratégia de supervisão contínua dos pacientes, que recebe o nome de Dots, já é realizada em Minas e foi criada por instituições de saúde internacionais como um conjunto de ações para o cuidado do paciente comtuberculose.


Secom MG
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