Para discutir o encaminhamento do processo de desapropriação da Fazenda Fortaleza de Sant´Ana, que fica no município Gioaná (MG), o Incra/MG reuniu-se, nesta sexta-feira, 16, com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). No encontro, realizado na sede do Incra/MG, ficou acertada uma parceira entre a autarquia e as universidades para realizar estudos ambientais e históricos no imóvel.
A fazenda Fortaleza de Sant´Ana foi ocupada no dia 25 de março deste ano por cerca de 150 integrantes do MST. O imóvel, de 4,2 mil hectares, foi vistoriado pelo Incra em dezembro de 2009. O laudo agronômico apontou a improdutividade do imóvel e também sinalizou a existência de acervo histórico e vegetação remanescente de mata atlântica.
Para que seja elaborado o Relatório de Viabilidade Ambiental (RVA) do imóvel e sejam feitos estudos sobre o acervo histórico, o Incra e as Universidades celebrarão um Termo de Cooperação Técnica. "Nós vamos compartilhar com o movimento e as famílias qualquer impasse que surgir. Caminhamos hoje para celebrar a parceria e, com isso, dar celeridade ao processo", afirmou a superintende substituta do Incra/MG, Luci Espeschit.
O coordenador do MST Zona da Mata, Edilei Cirilo, declarou que o movimento tem consciência da importância do acervo histórico do imóvel. "Queremos discutir formas de incluir o ser humano na natureza, para preservação e convívio neste espaço. Os camponeses podem ajudar a pensar soluções", disse.
Os procuradores do espólio da Fazenda Sant´Ana também participaram de uma reunião no Incra. Eles manifestaram a preocupação da família com a segurança no imóvel, para que não ocorra nenhum conflito. Também sinalizaram que a família tem interesse no bom andamento do processo.
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