21/01/2010
O deputado estadual do PT, Padre João, líder do bloco de oposição na ALMG, considera inadequadas as afirmações do governador Aécio Neves, veiculadas na imprensa, sobre a presença do presidente Lula, de ministros e outras lideranças na inauguração de obras em Minas Gerais. Além de considerar deselegante a ausência do governador mineiro às inaugurações citadas.
Primeiro, porque o governador, enquanto pleiteava, junto a seu partido, sua candidatura à presidência da República, sempre compareceu a eventos com o presidente Lula em Minas Gerais. Sua ausência agora, como sua presença anterior, podem, então, serem consideradas eleitoreiras? Lembre-se também que o governador é candidato a cargo eletivo em 2010. Será que ele vai abdicar de participar de eventos de seu próprio governo?
É bom lembrar também que Aécio Neves passou os anos de 2008 e 2009 viajando por diversos estados brasileiros. Tentativa de se credenciar no PSDB como candidato?
Segundo, porque o balanço político da gestão governamental é um direito e um dever do governante. Inclusive, respondendo a críticas e considerações de partidos oposicionistas. Assim, não há como dissociar o pronunciamento de governantes dos projetos e programas desenvolvidos por sua gestão.
Terceiro, falta ao governador afinar seu discurso local com o das lideranças nacionais de seu partido. Afinal, o senador Guerra diz que o PAC não existe. Já o governador mineiro afirma que seu partido administraria melhor o PAC. Ou seja, ele propõe administrar algo que "não existe"?
Finalmente, o deputado Padre João aconselha ao senador Eduardo Azeredo evitar a discussão sobre a mineiridade da ministra Dilma Rousseff. Ela e o governador de Minas de fato aqui nasceram, ainda que por razões distintas morem fora das Alterosas. O melhor, nestas e em outras circunstâncias, é priorizar o debate programático, registra Padre João.
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