quinta-feira, 16 de julho de 2009

Tapeçarias Francesas reúnem tradição e modernidade em exposição em Belo Horizonte

Manufaturas de Gobelins e Beauvais são atração em exposição que celebra o Ano da França no Brasil, no Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte

Pela primeira vez expostas fora da França, tapeçarias francesas Gobelins e Beauvais estão em Belo Horizonte para a mostra "Tapeçarias francesas - Patrimônio e criação", no Museu de Artes e Ofícios, que fica em cartaz até dia 23 de agosto. A abertura da exposição, realizada no dia 15 de julho, foi muito comemorada pelos presentes, que se orgulharam de levar à capital mineira peças tão exclusivas.

Estavam presentes o embaixador da França no Brasil, Antoine Pouillieutte, e o embaixador brasileiro Roberto Soares de Oliveira. Para Pouillieutte, as peças traduzem exatamente a França que o Ano da França no Brasil queria mostrar. "Reunimos aqui tradição e modernidade. Temos peças do século XVII e também trabalhos atuais. Obras expostas pela primeira vez fora da França", orgulhou-se o embaixador, que também fez questão de ressaltar a parceira entre os dois países. "Estamos tendo um ano que reforça os interesses bilaterais. Somos duas culturas com muito a somar. Podemos resumir com cinco palavras esses encontros: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, somadas a Ordem e Progresso."

Completando a fala de Pouillieute, o embaixador brasileiro ressaltou que receber em Belo Horizonte trabalhos como os de Gobelins demonstra mais um ponto fundamental do Ano da França no Brasil, o de se fazer presente no Brasil, não só no eixo Rio - São Paulo. "As peças são representações do espírito desse ano, mostrando uma França clássica, com peças que são tesouros da humanidade e que continuam sendo feitas na atualidade com a mesma técnica e levando o mesmo tempo de fabricação que levavam no século XVII. Por outro lado, temos exemplos de obras modernas, com releituras atuais. Uma França que se renova, mas que preserva o artesanato", resumiu Roberto Soares de Oliveira. "O Ano da França no Brasil está sendo pontuado pelo sucesso", comemorou.

Esteve também presente o Gerente de Intercâmbio e Projetos Especiais do Ministério da Cultura do Brasil, Rodrigo Luiz Galletti, que fez questão de lembrar da forte ligação das obras francesas com o Brasil. "As tapeçarias de Gobelins do século XVII expostas aqui foram feitas a partir de quadros do pintor Albert Van Der Eckhout (1610-1665). Ele veio ao Brasil com Maurício de Nassau e fez quadros sobre o que viu." Ele também lembrou que o Ano da França no Brasil trouxe muitos eventos ao país e que, mesmo na própria organização dos projetos, muitas parcerias foram firmadas. "Esse contato, as conversas e o trabalho conjunto já geraram trabalhos futuros", lembrou. "Um dado importante é o fato de que o Brasil já superou os americanos no número de solicitações de bolsa de estudos na França."

A adida de Cooperação e Ação Cultural da Embaixada da França, Sylvie Debs, contou um pouco sobre o processo de trabalho dos artesãos de Gobelins e de Beauvais. "São duas técnicas diferentes de trabalho. São técnicas secretas, aprendidas apenas por artesãos dessas escolas que são funcionários públicos. As peças não são vendidas, são patrimônio do Estado. São usadas como adornos nos palácios e embaixadas, por exemplo. Um trabalho que antes era uma demanda dos reis e que foi preservado."

Para a curadora e museóloga Célia Corsino, trazer as peças foi um desafio que exigiu muita cooperação entre os dois países. "Tivemos que nos preparar cumprir os quesitos técnicos para trazê-las. Seja preparando o ambiente, temperatura como também com equipe técnica." Para ela, essa é uma oportunidade de valorizar a nossa cultura e artesanato. "Os franceses nos mostram como valorizam seu patrimônio."

Prestigiando o evento estava também o diretor-presidente do Instituto Cultural Filarmônico de Minas Gerais, Diomar Silveira. O diretor contou que o Ano da França no Brasil tem possibilitado maior contato com a cultura francesa e despertado o interesse de várias pessoas. "Os dois países têem muita identificação", avaliou.

A diretora da Mostra Internacional Audiovisual Imagem dos Povos, Tâmara Braga Ribeiro, também foi visitar a exposição. Segundo ela, muitas possibilidades de troca de conhecimento estão surgindo. "A nossa própria mostra está contemplando a França e trazendo profissionais do cinema francês para dialogar com os brasileiros." Um desses profissionais que veio ao Brasil pela primeira vez para diferentes eventos do Ano da França é o coordenador de acordos bilaterais do Centre National de la Cinematografie, Julien Ezanno. O coordenador está feliz por ver de perto a diversidade brasileira e a riqueza cultural. "Acho que os franceses também estão tendo a oportunidade de ampliar seu olhar do Brasil para além de Rio e São Paulo."

Os patrocinadores do Ano da França no Brasil(http://anodafrancanobrasil.cultura.gov.br/) são:

Comitê dos patrocinadores franceses:
Accor, Air France, Alstom, Areva, Caixa Seguros, CNP Assurance, Câmara de Comércio França-Brasil, Dassault, DCNS, EADS, GDF SUEZ, Lafarge, PSAPeugeot Citroën, Renault, Saint -Gobain, Safran, Thales, Vallourec.

Patrocinadores brasileiros:
Banco Fidis, Bradesco, BNDES, Caixa Econômica Federal, Centro Cultural Banco do Brasil, Correios, Eletrobrás, Fiat, Gol, Grupo Pão de Açúcar, Infraero, Oi, Petrobras, Santander, Serpro, SESC.

Parceria e realização:
TV5, Ubifrance, Aliança Francesa, Culturesfrance, Republique Française,TV Brasil, Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Cultura,Governo Federal do Brasil.

Assessoria do Ano da França no Brasil: Entrelinhas Comunicação 
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