sexta-feira, 31 de julho de 2009

Programa Queijo Minas Artesanal é referência no Sul do país

Queijo Minas Canastra/Divulgação
Os bons resultados do Programa Queijo Minas Artesanal, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), anda atraindo a atenção de extensionistas rurais de outros estados do país. 

Uma equipe de oito técnicos da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) encerra nesta sexta-feira (31) uma visita ao Estado, com a finalidade de conhecer mais de perto as ações do programa da empresa pública mineira e a produção de um dos produtos mais típicos do estado mineiro: o queijo Minas.

"Esta visita é muito importante, pois estamos divulgando o programa fora de Minas e contribuindo para fortalecer no Brasil, a melhoria da produção de queijos artesanais de leite cru", comemora o coordenador técnico estadual do Queijo Minas Artesanal , Albany Árcega. 

O coordenador técnico estadual acompanhou o grupo catarinense em visitas feitas nos municípios de São Roque, Medeiros, Rio Paranaíba, e Carmo do Paranaíba, para conhecer queijarias e produtores.

A intenção do grupo catarinense é implantar algo semelhante em Santa Catarina. Como o trabalho da Emater-MG é pioneiro no país, os técnicos vieram conhecer de perto a experiência mineira, saber mais da legislação vigente e visitar as regiões produtoras. 

"Viemos conhecer o projeto da Emater Minas pela tradição de produção de queijos que tem o Estado", admite Ulisses Arruda, coordenador do Projeto Queijo Artesanal Serrano, da Epagri.

O Programa Queijo Minas Artesanal tem como foco a melhoria da qualidade do queijo Minas fabricado artesanalmente no Estado, por meio de ações de capacitação dos produtores, estímulo às boas práticas agropecuárias e de fabricação, além do incentivo ao cadastramento no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA)

"O cadastramento no IMA significa que o produto está apto a ser comercializado no estado", explica Albany.Ao todo, segundo o coordenador estadual, 109 produtores já tiveram seus produtos cadastrados no IMA. A iniciativa, segundo Albany está presente em 46 municípios das regiões de Araxá, Canastra, Cerrado e Serro, tradicionais redutos do queijo Minas Artesanal. E a meta da Emater-MG é orientar nessa direção cerca de 240 produtores rurais por mês.

Para o presidente da Emater-MG, José Silva Soares, um dos grandes méritos do Programa Queijo Minas Artesanal é atuar no aprimoramento de um dos principais produtos da cultura mineira, contribuindo para agregar valor e segurança alimentar. "Preocupamos em preservar o que foi passado de geração a geração, mas ao mesmo tempo garantir segurança alimentar a um produto, que é feito de leite cru. Queremos garantir qualidade e assegurar mercados", enfatiza.

Exemplo
O produtor Luciano Carvalho Machado, da Chácara Esperança, no município de Medeiros, sempre se dedicou a produção de queijo. Apesar disso, ele sentia "a necessidade de melhorar a qualidade do queijo e agregar valor ao produto". 

Foi quando, ele e mais cerca de vinte produtores se uniram e formaram a Associação dos Produtores de Queijo de Medeiros (Aprocame), na região da Canastra.

Em 2002, com a criação do Programa Queijo Minas Artesanal da Emater-MG, os associados procuraram a empresa para saber mais das condições necessárias para que o queijo fosse cadastrado e vendido legalmente. 

"A adequação começou desde o curral até as queijarias. Fizemos exames, vacinação do gado, ajeitamos o curral para deixá-lo em produzir o leite. Também participamos de curso dado pela Emater de boas práticas de fabricação. 

Em 2005 conseguimos a legalização do IMA", relembra Luciano Carvalho.Hoje, o presidente da Aprocame fala que a diferença fundamental é a melhoria nas condições de vida dos associados e a consciência tranquila de produzir um alimento com qualidade. Devido ao modo artesanal de fazer, em sua propriedade por exemplo, a fabricação de queijo tem priorizado a estabilidade da produção. "Se aumenta muito a quantidade, se perde na qualidade", ensina. Segundo Luciano, o preço do queijo cadastrado é até 10% maior que o não cadastrado.


via Agência Minas

Veja também o que publicamos sobre queijo

Seguidores